terça-feira, 17 de julho de 2012

Você Muda de Empresas com Frequência ?

Profissional que troca de emprego com frequência não é bem visto pelas empresas. Nunca estar satisfeito profissionalmente pode ser visto como uma qualidade, mas o exagero na inquietude muitas vezes compromete o desenvolvimento da carreira.

Muitos dos jovens que estão hoje no mercado de trabalho, ao contrário de seus pais – que costumavam ficar a vida toda em uma mesma empresa – trocam de camisa corporativa com uma frequência que às vezes assusta os recrutadores.

Com o tempo, quem mal esquenta a cadeira e já parte em busca de outro desafio é malvisto nas entrevistas de emprego, mesmo que nunca tenha sido demitido dos lugares em que trabalhou.

"Por mais que ele justifique para o entrevistador, é complicado explicar muitas mudanças", sentencia a coach Marcela Buttazzi, sócia-diretora da MB Coaching.

Ela conta que já se deparou com pessoas que, com oito ou mais empresas em dez anos de vida produtiva, começaram a ter dificuldades para se recolocar.

A inconstância, nesses casos, é interpretada como falta de comprometimento ou mesmo de foco, adverte a especialista. "O currículo não passa muita credibilidade", define.

E, quando esse profissional deixa de ser contratado, entra em conflito. "Ele leva o problema para si, questiona se escolheu a carreira errada", diz.

Pular muito "de galho em galho" culmina no que a coach chama de funcionário "bombril": Faz um pouco de tudo, mas não tem conhecimento agregado. Depois de um tempo, suas 1.001 utilidades perdem o brilho superficial.

Outro aspecto negativo da multiplicidade de empregadores no currículo é não chegar a posições de liderança. "À medida que se sobe na hierarquia é que aumentam as atribuições e responsabilidades e se aprende a gerenciar equipes. É preciso ter uma maturidade desenvolvida para tanto", reflete Buttazzi.

Autor : Edson Valente - UOL São Paulo.